quinta-feira, 27 de outubro de 2011

LUTO


Policial federal assassinado por bandidos em Niterói

O agente Carlos Henrique Ramos Cerqueira, lotado na Delegacia Fazendária, morreu na tarde desta quarta-feira (26/10) com um tiro nas costas. Ele teria sido reconhecido por criminosos da Favela do Jacaré, em Piratininga.


O agente da Polícia Federal, Carlos Henrique Ramos Cerqueira, 44 anos, lotado na Delegacia de Repressão a Crimes Fazendários, foi morto com um tiro nas costas na Rua Frei Orlando, acesso à Favela do Jacaré, no bairro de Piratininga, na Região Oceânica de Niterói. O policial passava próximo à favela em sua morto e teria sido reconhecido e executado por três homens. O crime ocorreu na tarde desta quarta-feira (26/10), segundo informação do 12º BPM (Niterói), que realiza uma operação no local para prender os criminosos.

Por meio de nota divulgada na noite desta quarta-feira, a Polícia Federal confirmou a morte do policial e informou que, ao ser morto, ele estava no cumprimento de suas funções. “A instituição aguardará a conclusão das investigações, iniciadas a partir da instauração de inquérito policial, para novo pronunciamento”, diz a mensagem. A assessoria de imprensa da PF informou que “está adotando todas as medidas necessárias sobre a morte do policial”.
Morador da Praia de Itacoatiara, também na Região Oceânica de Niterói, Cerqueira estava fazendo um levantamento na localidade, com sua moto XT 660 quando um mototaxista percebeu e avisou aos integrantes da facção criminosa que controla o tráfico de drogas na região. No acesso à favela, o policial foi abordado e, em seguida, alvejado. Cerqueira morreu na hora.

A execução ocorreu às 15h e, desde então, foram deslocados policiais militares e federais para descobrir os envolvidos no crime. A área foi isolada para a perícia. A corporação acredita que o crime tenha sido cometido por mais de uma pessoa. É possível que a arma da vítima tenha sido roubada.


Corpo de Carlos Henrique Ramos foi levado para o Instituto Médico 
Legal de Tribobó. Foto: Nathália Felix
Foto: O Fluminense

 De acordo com o jornal O Fluminense, PMs que estiveram no local receberam a informação de que o policial estaria fazendo uma investigação por conta própria. Há cerca de uma semana um parente dele teria sido espancado por traficantes daquela comunidade e ele tentava chegar aos autores.

O delegado da unidade da Polícia Federal em Niterói, Wanderson Pinheiro, esteve no local do crime e negou esta versão. Inicialmente ele teria chegado a mencionar que o agente teria ido ao local fazer uma “investigação a serviço”.

Após ser questionado sobre o fato de o policial estar sozinho numa área de risco, ele alegou não poder dar mais informações para não prejudicar as investigações que estariam sendo feitas pelo agente. O agente estaria com duas armas, mas uma delas teria sido levada pelos criminosos. Segundo o delegado Wanderson Pinheiro, a polícia já teria a descrição dos três assassinos.

De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, há sete anos, quando estava lotado na DRE (Delegacia de Repressão à Entorpecentes), Cerqueira escapou da morte em uma favela do Lins, zona norte do Rio. Na ocasião, ele apurava a informação de que um taxista retirava traficantes de uma favela para que fugissem da polícia. Foi surpreendido por homens armados e deixou a comunidade sob vários tiros, sem sofrer qualquer ferimento.


Agente da Polícia Federal foi morto na tarde desta quarta-feira na
 Região Oceânica de Niterói por três criminosos. Assassinos ainda teriam
 tentado levar a moto do federal, mas não conseguiram dar a partida. 
Foto: Nathália Felix
Foto: O Fluminense

 Crime assustou vizinhança de luxuosos endereços
O assassinato do policial federal assustou moradores de condomínios de luxo vizinhos à comunidade e motoristas que passavam pela via, que é de grande movimento. Uma grande operação que contou com apoio de helicóptero foi montada no fim da tarde para tentar capturar os bandidos.

Neste momento, são realizadas buscas e o serviço de inteligência da PM foi acionado. Os PMs realizam uma operação na Estrada do Pau Ferro, no Sapê, na Região de Pendotiba, para prender os bandidos. O delegado Carlos Alexandre Leite Justiniano, titular da 81ª DP (Itaipu), também está no local.

Agentes da PF, da PM e da Coordenadoria de Recursos Especiais da Polícia Civil (Core) vasculharam a Favela do Jacaré e comunidades vizinhas como Andorinhas e Boa Esperança, que assim como o Jacaré, também seriam controladas pela facção criminosa Comando Vermelho (CV), mas até o fim da noite não haviam conseguido chegar aos assassinos.

Fonte: Veja, O Globo e O Fluminense

4 comentários:

  1. Se o APF tivesse matado um traficante a notícia teria destaque nos jornais e, provavelmente, mais uma vez veríamos comoção por direitos humanos do marginal. Como o morto é "apenas mais um policial qualquer", vemos, se muito, menções mínimas sobre o ocorrido.

    Bons policiais são feitos com amor e ideais. Se dependesse de salários e reconhecimento.....

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  2. Com certeza...
    Triste notícia, mas não vai ficar barato.

    Que bom que você resolveu falar comigo, então. Pode ter certeza que muita gente vai falar contigo lá e aqui, porque temos uma Confraria de Futuros Novinhos neste blog e eles não perdem tempo.

    Daqui a pouco eles aparecem.
    : )

    Muito obrigada pelas palavras de incentivo e carinho.

    Beijão!

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  3. ei Futuro..blz?? vi vc lá no Mulher na Polícia e já vim dar uma fuçada hehehe

    Quando vejo esse tipo de notícia fico realmente triste. Por mais que saibamos o quanto é perigo essa tarefa que estamos escolhendo, ainda sim é muito triste.

    Força pra família!!

    Futuro, tamu na área..a regina tb já deu as caras né heheheh
    abração!!

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